Diagnóstico

O diagnóstico, sempre que possível, deve ser feito por uma equipe multiprofissional (incluindo: médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional,fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, entre outros)  que atuando em equipe possuem condições de avaliar o indivíduo em sua totalidade, evitando a confiança excessiva depositada no teste do QI como critério para ascender a um nível de deficiência mental e relacionar as dificuldades individuais do sujeito, com os níveis de apoio adequados.


O enfoque multidimensional requer uma avaliação descritiva da pessoa portadora de deficiência mental de um modo compreensivo e global, mas rigoroso e específico, que realce os pontos seguintes:
  • Existência de deficiência mental versus outras possíveis capacidades;
  • As potencialidades e as limitações existentes nos aspectos psicológicos, emocionais, físicos e de saúde;
  • As características do meio envolvente a que o sujeito está habituado, que influenciam o desenvolvimento do sujeito e a sua satisfação;
  • As melhores características que o rodeiam e que permitem desenvolver o apoio necessário, para facilitar a independência/interdependência, produtividade e integração da pessoa na comunidade.
Esta orientação permite descrever as trocas que se produzem ao longo do tempo e avaliar as respostas do indivíduo às orientações presentes, às trocas com o meio envolvente e às intervenções educativas e terapêuticas. Neste contexto, a AAMR estabelece quatro dimensões diferentes de avaliação:

Dimensão
O que Avalia
Dimensão I
O funcionamento intelectual e habilidades adaptativas
Dimensão II
As considerações psicoemocionais
Dimensão III
As considerações físicas, de saúde e etiológicas
Dimensão IV
As considerações ambientais

A avaliação realizada, somente, com base nestas dimensões pode ter repercussões importantes e comprometedoras na sua aplicação a outros tipos de capacidades, nomeadamente psíquicas, físicas, sensoriais.

Para um melhor processo de avaliação, propõ-se especificar os passos a seguir:
1º passo: Diagnóstico do atraso mental. Este serve para diagnosticar a fim de determinar os apoios recomendáveis, enquadra-se na dimensão I.
2º passo: Classificação e descrição. Identificam-se os pontos fortes e fracos assim como quais os apoios específicos necessários, enquadra-se na dimensão II, na dimensão III e na dimensão IV.
3º passo: Perfil e intensidade dos apoios necessários, identificando-os, enquadra-se nas 4 dimensões.
Após as avaliações, em reunião, todos os aspectos devem ser discutido em conjunto pelos profissionais que atenderem o caso, para as conclusões finais e diagnóstico, definindo as condutas a serem tomadas.
Essa sistemática de trabalho em equipe facilita a orientação do deficiente e sua família que, entendendo as potencialidades e as necessidades do deficiente intelectual poderá participar e cooperar no tratamento proposto. A participação da família é fundamental no processo de atendimento à pessoa com deficiência mental.
Concluído este processo de avaliação, procede-se à implementação das medidas adoptadas que deverão ser alargadas à comunidade educativa, tendo em vista os possíveis sistemas de apoio que podem suprir as carências existentes.

Referência Bibliográfica
FERREIRA, Fernanda; DIAS, Marília; SANTOS, Pedro. Niveis e Tipos de Deficiência Mental. Disponível em: <http://edif.blogs.sapo.pt/568.html>. Acesso em: 24 Nov 2010
ANACHE, Alexandra Ayach. Reflexões sobre o Diagnóstico Psicológico da Deficiência Mental
utilizado em Educação Especial. Disponível em: <http://www.profala.com/arteducesp2.htm> Acesso em: 24 nov 2010
WIKIPEDIA. Deficiência Mental. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_mental> Acesso em: 24 nov 2010
BARBOSA, Jorge Nunes. Como se diagnostica a deficiência mental ou atraso mental? Disponível em: <http://www.indianopolis.com.br/si/site/1153#diagnostico> Acesso em: 24 nov 2010
SILVA, Ivana. Deficiência Mental. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/deficiencia-mental.htm> Acesso em: 24 nov 2010